- 29 de maio de 2020
O movimento da criança no primeiro ano de vida
“Ajude-as a fazer sozinhas”.
É valioso citar a aceitação da importância da corporeidade para o bebê, pois diante do excesso de cuidado refletindo em hábitos, sempre surge uma preocupação com a possibilidade de o bebê não estar preparado para tais atividades e se machucar ao fazer movimentos. Por outro lado, ao proteger o bebê dessa forma, impedindo sua movimentação, sua capacidade de exploração, sua interação com o mundo físico, tende a dar menos possibilidades de interação com o mundo social, torna-se mais difícil expressar-se e desenvolver as habilidades necessárias para uma relação mais independente com o ambiente.
Nessa fase, predomina a ação do movimento e suas emoções, o canal de interação do bebê com o adulto e mesmo com outras crianças. A criança imita e cria suas próprias reações: balança o corpo, bate palmas, vira ou levanta a cabeça etc. Nosso papel como educadores/as é de explorar as possibilidades de gestos e ritmos corporais para incentivar cada vez mais os bebês a expressar-se nas brincadeiras e nas demais situações de interação.
A grande conquista do primeiro ano de vida é o gesto de preensão, que é a capacidade de o bebê conseguir segurar, agarrar um objeto, por isso é muito importante estimular e aprimorar as oportunidades que se oferecem à criança de explorar o espaço, manipular objetos, realizar atividades diversificadas e desafiadoras.
Ao observar um bebê, é grande o tempo que ele dedica às explorações do próprio corpo, conseguimos ver isso no simples ato de tomar banho e trocar a fralda, ao lado dessas capacidades expressivas, o bebê também realiza importantes conquistas no plano da sustentação do próprio corpo, representadas em ações como virar-se, rolar-se, sentar-se, arrastar-se e engatinhar, essas conquistas antecedem o aprendizado da locomoção em andar sozinho, sua primeira ação independente que ampliará sua percepção do mundo ao seu redor.
“Para ajudar uma criança, devemos fornecer-lhes um ambiente que lhes permita desenvolver-se livremente”. (Maria Montessori)